quinta-feira, 31 de maio de 2007

Maio em Monsanto


Parque da Serafina
Árvore florida em contra-luz


quarta-feira, 30 de maio de 2007

domingo, 27 de maio de 2007

terça-feira, 22 de maio de 2007

O Corpo e o Lúdico


A história do corpo associada ao lúdico inicia-se com a
própria história de Adão e Eva que ao se taparem com uma parra começaram a aparecer, pode dizer-se que de uma forma
divertida. Depois na simplicidade dos tempos primitivos o tapar do corpo começou a ser simultaneamente o inicio da moda, adornavam-se com peles com palhas, mas sempre de uma forma para eles agradável, a mulher começou a sentir os suaves encantos de uma elaboração corporal atraente. Foi
aí que o mundo (no que respeita ao enfeite e à moda) se começou a organizar.

Na pré-história contra o que se possa imaginar iniciou-se a grande diversidade do vestir, e da beleza com que o faziam, desde peles de urso, de mamute e da pele de raposa para os mais desafortunados,para aqueles que não tinham acesso a nada de maior grandeza. Já aí as mulheres aproveitavam as sobras das peles para presentear as amigas mais pobres. No período neolítico começou a necessidade dos adornos, começaram a fabricar-se bijutarias com materiais de diversas proveniências, desde ossos, sementes, pedras, etc. começaram a surgir tatuagens a fogo o que originou
também que só os mais resistentes sobrevivessem. O prazer do adorno do corpo era tão grande que por essa razão, com as dificuldades das técnicas, faziam com que
muita gente sucumbisse ainda jovem. As mulheres na sua história de obstinadas com a
beleza foram as vitimas mais abundantes.

Na mesopotâmia a importância do corpo resumia-se à mulher e foi então que começaram a ser fabricados tecidos. Nessa época havia materiais bonitos como peles para
adornar mas como eram muito quentes no Verão, surgiu a necessidade de criar os
primeiros vestidos.

Um pouco depois, na Babilónia, os homens começaram a demonstrar interesse pelo seu
corpo duma forma mais lúdica pelo que se inventaramos trajes festivos. Os assírios
foram um povo essencialmente guerreiro, mas também não desprezavam mudar de
toilletes. Os persas com as influencias dos antepassados inventaram as calças e
todo o gosto pelo imaginário lúdico associado ao corpo. Já os egípcios foram
chamados os SUMPTUOSOS
NUS porque com o começo dos tecidos começou a usar-se o luxo das transparências
nas classes altas e a chamadas classes baixas não tendo meios para isso, preferiram
destapar-se e cobrir somente as partes sexuais, assim, saía mais barato. Também os
fenícios tiveram grande importância na história do corpo e da moda, pelo que a sua
chegada,
equivaleu no tempo ao último figurino de Paris agora. Para nós, a sua importância
ainda foi maior porque se alargou com a descoberta do alfabeto que foi enriquecendo
o espírito e dando portanto outro valor ao corpo. Já com os gregos era dada a maior
importância à beleza física. Conta-se em alguns livros que o que queriam era mostrar o corpo o mais despido possível para que lhes fizessem uma estátua, esta
simplicidade de pensamento não os ligava muito ao traje e deixou-lhes mais tempo
para pensar, tendo então surgido grandes filósofos. Há uma associação continua do
corpo ao espírito e daí ao contrário de até então , começaram-se também a criar
vestuários baseados na imaginação como as vestes dos Deuses no Olimpo, os uniformes
militares, as túnicas tipo "colcha".
Na Roma Antiga os etruscos tiveram importância na valorização do corpo, mas os seus
escritos só parcialmente foram traduzidos por isso o que ficou neste campo foi
através das pinturas que mostrou ser um povo cujo corpo teve uma relação alegre com
a vida.

Os romanos desenvolveram os usos gregos das túnicas . Começou então a haver uma
moda quase universal da preparação lúdica do corpo nos trajes sumptuosos nas galas,
foram criadas fardas e calças, os exércitos apresentavam grande magestosidade no
uniforme de corpo. Simultaneamente e após estas civilizações houveram grandes
evoluções do traje ao lúdico como o aparecimento do fato de banho. o enfeite para
cerimónias, o traje conforme as posturas, os trajes de rituais como o do toureio, os
toucados, as pinturas cada vez mais elaboradas e diversificadas passaram-se períodos
faustosos como na espectacularidade dos adornos na Rússia…

A idade média aparece-nos como um período de grande desenvolvimento das fantasias
para pôr na cabeça, os sapatos muito elaborados, os chapéus… e por aí…

Depois no Renascimento , chamada a idade de ouro, começaram as grande preocupações artísticas com o corpo com o lúdico e com o artístico simultaneamente.

Começa a haver moda masculina,e suegiram as calças a moldar o corpo. Moda que se
alargou por 4 séculos. É também de referenciar aqui a moda feminina que com a
influência do estudo da anatomia, médicos e artistas puseram em moda a confecção de
vestidos de acordo com a ciência e a arte (mostrando a anatomia do corpo e
associando-o à arte, o que veio pôr os homens agradavelmente surpreendidos e veio
também dar à dinâmica do corpo outra vivacidade.

A América cheia de civilizações diversificadas, índios, mayas, azeteca, mexicanos,
incas, etc… teve um curioso impacto nas primeiras impressões dos espanhóis que
começaram a desembarcar por lá e que começaram a achar estapafúrdia a profusão de
enfeites que consideraram frívolos. Suegiu então a necessidade de reformular as vestimentas o que deu origem a começarem grandes negócios à volta do corpo… e do que para as pessoas fosse lúdico.

A Idade Moderna trouxe-nos os encantos da “Dolce Vita”!!! Com o aparecimento dos contos das “ Mil e Uma Noites” foi oferecida ao mundo uma grande diversidade de sensações lúdicas, expressivas e alimentícias e aí surgiram novas associações de
grande prazer (música manjares, etc…) Nesta época e em linhas gerais os árabes
tinham uns hábitos como e principalmente o nu, o corpo nu pintado para servirem de
prazer nas grandes ceias. Os persas usaram a sua tendência para o maravilhoso com a
Sherazade e tudo o que daí nos chegou até hoje, os haréns onde os prazeres do corpo eram altamente absorventes… e por aí fora…

Também a influência dos estilos rócocó, Belle Époque, etc.. influenciou bastante o
lúdico e os sentidos estéticos.


Assistimos por exemplo ao grande BOOM dos anos 60 com os movimentos de libertação
centrados no corpo. Eu assisti a algumas manifestações em que as mulheres queimavam
soutiens,e se
exibiam o mais desnudadas possível, reclamavam prazeres até então só atribuídos aos homens.

Na década de 80 o corpo e o seu lúdico foram explorados através da ideia de
exibição, de marketing, de imagem, custe o que custar o corpo valeu pelo enfeite,
pela roupa, o ouro nas mulheres e até nos homens, os excessos, enfim uma catadupa
de coisas que valorizassem exteriormente como se fatidicamente se tivesse de chegar
MUITO BONIto e em apogeu ao fim do século.

Este corpo e este lúdico que apareceu agora aqui desligado, e quase só social e anatómico é feito de alavancas ósseas articuladas pelas forças musculares, orientadas pelo cérebro tem sido nestas últimas décadas objecto de grandes estudos onde a unidade com a mente é um dado indiscutível. Daí a necessidade de passarmos para as expressões próprias, individuais ou em grupo para assim pudermos concretizar um sonho de uma sociedade mais perfeita, ou menos imperfeita.

Daí utilizarmos a actividade lúdica como ponto de partida para a educação.

Isabel Andrea

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Amanhã



Work Shop de Fantoches e formas Animadas

Breve história dos Fantoches


o Fantoche é tão antigo como as civilizações e em todas tem desempenhado papeis, ou os seus papeis.

Na sua origem o espectáculo de fantoches esteve unido com as manifestações animistas das sociedades primitivas, e tal como as máscaras com as quais se aparentam foram na sua origem objectos sagrados, personagens que eram intermediários entre essas sociedades primitivas e os seus deuses.

Nas cerimónias dos rituais de magia animista, dispunham de uma força que chegava a amparar os homens, tal era a importância que se lhes atribuía. Era o fantoche ou a máscara que conferia poder divino ao personagem. Eram pois, hieráticos, proféticos, iniciadores, conjuradores, servindo todas as formas de uma dramaturgia simbólica.

Neste caso a sua manipulação estava reservada somente aos iniciados que iriam proceder à cerimónia.

Por exemplo:

As marionetas Hopi do Arisona, simbolizavam as filhas do “Deus Mais”, e estavam encarregues de obter a fertilização da terra pelo céu, com a ajuda dos Deuses do ar. O importante é que a boneca acompanhasse o acto desejado.

Pensa-se que as marionetas apareceram ligadas ou que eram descendentes da estatuária animada Egípcia, que serviram sociedades arcaicas e se integraram nas Maios elaboradas liturgias cristãs da Idade Média.

Na antiguidade clássica, os fantoches encontravam-se no interior dos templos, em tamanho grande, e participavam nas festas processionais de iniciação.

Já no Século VII, o concilio Quinisexto, tomou posição contra a representação de Cristo e os Santos passaram a aparecer com feições humanas o que não tinha ainda acontecido.

Esta escolha de uma estatuária antropomórfica é sem dúvida determinante no desenvolvimento dos fantoches figurativos e imitativos dos homens passando a marcar até aos nossos dias o estilo, a técnica dos espectáculos de bonecos.

Muito se passou sobre a sua história e através de reforços e concílios e de exibições em vários locais o fantoche foi confundido com as manifestações animistas das sociedades primitivas atrás mencionadas e assim a Igreja Cristã vai mais tarde através do Concilio de Trento interditar as representações nas igrejas, o que deu origem a que o teatro de fantoches miniaturizado em castelinhos tenha começado principalmente a andar nas ruas e nas festas palacianas tendo-se então tornado num teatro ambulante.

Os fantoches têm uma grande história, portanto para encurtar e ligar o seu papel, passamos do Renascimento, onde ELES, vêm a encontrar adeptos que os fazem ressurgir legalmente, mas nos Adros das Igrejas, nos pátios das casas e nas festas das feiras, defendendo um público popular, começando então uma nova posição definida, na sátira, no humor, e em testemunhos face à ordem reinante.

Por exemplo:

Quando em Inglaterra os reis puritanos mandam fechar os teatros, são os fantoches que durante cerca de 18 anos vão manter a tradição do Teatro Inglês, pois não podiam prender os bonecos. Quando a Guerra dos 30 anos faz dispersar as companhias teatrais, vamos encontrar os comediantes ingleses na Alemanha, nos finais do Século XVI, representando com Teatro de Bonecos. E assim os reportórios vão sendo alterados, aumentados e atingem curiosas produções barrocas cheias de acontecimentos extraordinários que pululam um pouco por toda a Europa.

E carregados de peripécias inseridas na história da evolução teatral eles têm caminhado pelo Mundo de muitas maneiras não se tendo no entanto deixado nunca fixar no seu passado. Actualmente são usados das mais diversas formas, dando mesmo origem a fabulosos exercícios de criatividade que deixam maravilhados quantos conseguem ter o privilégio de assistir a alguma representação. Há no entanto algo que se mantém como um ritual da alegria colectiva, os espectáculos de Rua, os tais que podem acontecer nos pátios, nos jardins, nas praias, nas feiras, nos Adros das Igrejas e que podem ser vistos como fazendo parte integrante da paisagem ou dos acontecimentos felizes de um dia ao ar livre.

Isabel Andrea

domingo, 13 de maio de 2007

GLOBALIZAÇÃO E MULTICULTURALISMO

GLOBALIZAÇÃO E MULTICULTURALISMO

Os Fantoches de Rua

Antigamente os fantoches andavam pelas ruas, pelas feiras e romarias, pelas praias e jardins, animados pelos seus fantocheiros que calcorreavam o País, fazendo rir as populações e procurando ao mesmo tempo algumas moedas para o seu sustento.

Quem os viu, recorda com saudade, as histórias fantásticas contadas pelos pequenos bonecos de madeira vestidos com trapos berrantes que irrompendo por trás de uma barraquinha montada em poucos minutos com quatro paus e um pano de chita, começavam por um:


RRRESPEITÁVEL PÚBLICO......

A figura que podemos ainda recordar no nosso País é a do Sr. António Dias que manteve durante a sua vida o Teatro "Dom Roberto" e que apregoava com a voz alterada por uma palheta construída para o efeito.

"AS MARRRRRAVILHOSAS HISTÓRRRRIAS DE DOM ROBERTTTTO !!!"


Miúdos e Graúdos corriam a juntar-se em frente da barraquinha onde se desenrolavam histórias engraçadissimas, misturadas com pauladas e gracejos populares que faziam rir os espectadores mais sisudos e que fizeram adeptos até hoje.

Mas é preciso acrescentar que o jogo dos fantoches é tão velho como o próprio mundo e que todos os povos fizeram e fazem dele um meio de expressão priviligiado.

O luto, a alegria, o poder e a revolta, o amor e a bondade, o triunfo do bem sobre o mal, tudo pode ser dito por um boneco; basta que a palavra provoque o riso ou o sonho.

oi amado e usado por artistas, dramaturgos, esritores,filósofos, professores e educadores em geral, tem sido de extrema eficacia em campanhas de sensibilização aos hábitos hiigiénicos e de saúde, sabendo-se que foi usado pela Cruz Vermelha em determinados Países como estimulo persuasivo, na vacinação infantil.

O Teatro de Fantoches tem um papel fundamental na coordenação do ensino. Pode ser usado na lição de vocabulário, na articulação das palavras, na construção do diálogo, na expressão plástica, etc...

Modernamente , em Portugal, as campanhas ambientais mais directas e com maior sucesso, têm sido aquelas em que os fantoches são os portadores das mensagens de educação populacional quer para adultos, quer para crianças, aliando à palavra o tom jovial e o poder mediático que o "boneco caricatura" introduz como imposição da sua opinião sem que o espectador tenha plena consciência disso.

Os jardins circundantes da cidade de Lisboa e de outras localidades têm actualmente espectáculos de fantoches durante a época de Verão o que vem aumentar a frescura e alegria dos jardins, comunicando também aos mais velhos uma certa nostalgia dos personagens do passado que povoaram a sua imaginação, por vezes nos mesmos locais onde hoje procuram o seu sol.

Faz pois o maior sentido que os façamos renascer por todo o lado como outrora acontecia, e por isso, se não encontrarmos ou não podermos pagar o preço dos materiais mais sofisticados, partamos pois para a aventura desta época: a reutilização do material através do poder criador da nossa imaginação.




terça-feira, 8 de maio de 2007

domingo, 6 de maio de 2007

Eternamente Mãe


Mãe...
Que na presença constante me ensinou
na pureza do seu coração a
vislumbrar
caminhos
...

sábado, 5 de maio de 2007

A CACILDA




É cinzenta e
Mora na minha casa, era a gata da minha mãe. É amiga, salta por cima dos armários e gosta das pessoas, tem os mais lindos olhos meigos e faz miauuuuuuuuuuuu...
Raça: Korat
É cinzenta
escura e tem reflexos prateados.
Parece que o luar a inundou.
Chamam-lhe "o gato azul"
Mas não é fotogénica. Só ganha em ser vista de perto.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Construção de Máscaras a partir do próprio rosto

A máscara tem origem na antiga Grécia, tem a sua história e conta histórias.
Tem caminhado em tradição e em técnicas de construção através dos tempos, apesar da evolução de concepções e da mudança dos materiais utilizáveis.
Estou sempre disposta a ensinar como se constroiem e a contar ou divulgar toda o seu velho e fascinante trajecto através do mundo e dos tempos.
...Mas não precisamos de usar máscara...

quinta-feira, 3 de maio de 2007

PRAIA ARTIFICIAL

O terrível "Progresso"

quarta-feira, 2 de maio de 2007

SIMPÓSIO “A RECONSTRUÇÃO DO PASSADO: DO BIG BANG À LINGUAGEM”

Personalidades






Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela,
mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela
o próprio SOL

terça-feira, 1 de maio de 2007